quinta-feira, 28 de abril de 2016

Uno

Continuamos ocupando a terra com nosso egoísmo e prepotência. Somos donos de tudo, a natureza e os animais nos pertencem, as pessoas tem valor monetário, NÓS temos preço.
Nascemos programados para vencer, mas... Vencer de quem? Vencer o que? A vida afinal se tornou um jogo? Há a necessidade de competição? Não tem lugar pra todo mundo? Me parece que não...

Em algum lugar, alguém achou que dividir era injusto, achou que precisava ter mais que os outros, que precisava liderar, se sentir superior. E a sociedade como conhecemos, surgiu. Não havia mais espaço pra gentileza, muito menos para compaixão; "Só importa a mim, o Outro não!"
Eis, então, essa espécie solitária, que é incapaz de perceber sua existência como um todo. Prefere viver uma vida de miragens e falsas felicidades à enfrentar a vida pura, como ela é.
Precisamos consumir, aparentar, nos mostrar, e para isso, precisamos cada vez mais do dinheiro. Esse pedaço de papel que parece comprar tudo, inclusive almas.

Nos enganamos e nos anulamos, como se a vida fosse descartável (igual a tudo que consumimos). Queremos ter tudo, mesmo que isso custe nosso tempo e até mesmo nossas vidas.
Do alto de nossos caprichos, resolvemos não nos importar com quaisquer outra forma de vida que exista em nosso planeta. Passarinhos estão em gaiolas, animais em jaulas ou indo para o abate, a terra apodrecendo, as águas sendo envenenadas, árvores como simples produtos em nosso dia-a-dia.

E enquanto a idéia de harmonia entre os seres parecer uma utopia, irmãos definharão, diariamente, por falta de AMOR.