segunda-feira, 4 de julho de 2011

As tais razões.

O problema é que depois de um tempo, a gente esquece quais foram os motivos que nos levaram a se apaixonar por alguém e querer ficar junto.
Sobra pouca coisa fazendo sentido - só pra não dizer que nada mais faz.

sábado, 2 de julho de 2011

A gente é que sabe.

Quando duas pessoas se conhecem e o corpo todo estremece. E de nervosismo, olhares tímidos, vontade absurda de sair pisando em cabeças pra poder se livrar dos outros e ficar um tempo a sós. Da mania de sair vasculhando a vida da pessoa e encontrar uma brecha pra se encaixar. De sentir o coração pesado, como se este tivesse acabado de se encher com alguma coisa, sabe? Tem gente que faz a gente sentir peso no coração. Preenche tudo, como se fosse ficar. Sacodem nossa rotina, fazem a gente querer sorrir mais que o normal. 
Vontade de passar dez vezes pelo mesmo lugar, só pra ver se encontra aquele alguém. Vontade de mandar mensagem, conversar na internet, dormir de madrugada porque ficou pensando no que dizer amanhã quando se encontrar. Esse tipo de coisa que quando começa parece que vai durar no mínimo cinco anos e você acha que foi feito pra se eternizar e começa a fazer planos, imaginar viagens e domingos. 
Isso que acontece dentro da gente, e que não da pra explicar, colocar em um texto. Essa arrumação que o coração faz pra receber alguém, esquecendo todos os problemas que vem depois, toda bagunça que daqui a pouco vai estar la dentro.


quarta-feira, 29 de junho de 2011

Se eu tô apaixonada?

Claro que eu estou apaixonada.
Pelo menino da minha sala, que terminou com a namorada pelo telefone durante a aula, e chorou no meu ombro. Apaixonada pelo Selton Mello, que fica realmente muito lindo sorrindo sem-graça e atuando. Pelo rapaz do banco, que me deu uma senha 50 números antes do que eu tinha pegado. Apaixonada pelo cara que eu beijei no show do Falamansa. Pelo rapaz do bar, que só conversava com os meus amigos e não me deu nenhuma ideia. Pelo amigo do meu irmão que passou o carnaval junto com a gente. O cara da novela que se declarou pra mocinha de um jeito tão bonito que eu quis ele pra mim; o Mauricio Destri. Apaixonada pela minha sala e pela minha varanda. Pelo lanche mais gostoso da cidade que, por sorte, fica a duas quadras do meu prédio. O dono da Brahma, pelos motivos claros e óbvios que não me darei o trabalho de explicitar. Também me apaixonei por Chico Buarque essa semana, por Nando Reis, por Los Hermanos, John Mayer. Pelo meu melhor amigo, que parece ser um pedaço da minha alma em outro corpo. Pelo amigo do meu amigo, que é lindo e finge muito bem que eu não existo quando dá vontade. Pelo meu vizinho do primeiro andar, que é super educado e sempre deixa o corredor perfumado, quando passa. E isso porque eu não quero mencionar o caixa da farmácia, o rapaz da padaria ou o moço do ponto de ônibus.


Me apaixono a todo segundo, todos os dias. Por mil motivos diferentes e por mil pessoas. Isso pode fazer de mim uma devassa ou provar, apenas, que eu sou uma pessoa cercada de gente apaixonante. hehe

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Unhas vermelhas.

O relógio despertou. E antes mesmo de abrir os olhos, foi passeando com sua mão pela cama, queria que ele ainda estivesse ali. Não estava. Sabia que não o encontraria. Talvez um bilhete ou um telefonema. Só pra que ela tivesse coragem de levantar da cama e enfrentasse o mundo, tendo a certeza de que ele estaria ali a noite.
Levantou, e foi direto pro chuveiro, na esperança de que a água quente tirasse de sua cabeça a noite anterior e toda a culpa por ter sido irracional, mais uma vez. Sabia que se ele aparecesse ali, agora, ela não iria ao trabalho, não atenderia o telefone, nem a campainha, ficaria na cama com ele o resto do dia.. três dias.. a semana toda.
Era totalmente vulnerável a seus pedidos, mesmo que passasse o dia treinando não's pra dizer. Sabia que era só ele pedir, ela faria. Era só ele tocar a campainha que ela o deixaria entrar. Era só ele dizer que queria ficar.
Desligou o chuveiro, puxou a toalha e foi pra frente do espelho. Se olhava, enquanto se condenava por dentro, tentava convencer a sí mesma de que estava bem. - Se ele ligar, eu não atendo. Se ele vier, eu não deixo subir. Se ele mandar flores, eu jogo fora. Repetia, mentalmente, o mantra.  
Na sala estavam as taças de vinho, largadas na pressa de irem para o quarto. No corredor, seus sapatos.
A casa ainda tinha seu perfume. A parede do quarto dela, pintada com a cor preferida dele. Unhas vermelhas, do jeito que ele gostava. Queria que ele quisesse ficar, que não quisesse ir embora. Mesmo que tenha seu coração esmagado todas as vezes que o procura na cama. Um dia, talvez, ele esteja lá de manhã. Ela espera com uma taça de vinho na mão, pra se sentir dona, nem que seja só enquanto durar a noite.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Até onde eu sei.

Tá, talvez eu exagere um pouco nas situações quando eu escrevo, mas isso, de fato, é muito importante pra mim, e dói. Dói porque toda perda dói, ser enganada dói, mentira dói.

Posso até ser repetitiva nessas inseguranças e tristezas inventadas, mas não foi desse jeito que eu aprendi. Conheço só até a parte que a gente não deve confiar em estranhos, mas e os que a gente conhece até do avesso?
Você divide sua vida com a pessoa, ajuda, protege, promete, e depois de anos, você descobre que foi atoa. Todo tempo gasto, todo empenho, em cima de uma coisa que não é, e nunca foi de verdade. Desculpa, mas eu não consigo (na verdade, não sei como alguém consegue). Frieza demais pra mim. Conseguir misturar sentimento com interesse e usar o que é importante pra uma pessoa, como uma maneira de se tornar mais popular ou amada - não sei a intenção é mesma essa, mas foi a única razão que eu encontrei.
Pior do que passar por isso é não saber o que fazer. Se ver envolvida numa coisa podre e não conseguir se desligar, não ter estomago nem pra uma conversa. É triste chegar ao ponto de achar que não é você quem vale a pena. Mas aí.. a situação é totalmente inversa, acredite!

segunda-feira, 6 de junho de 2011

6.

Não me lembrava de como é estranha a sensação de acordar com o coração vazio.

sábado, 14 de maio de 2011

31 tons de frio.

Amanheci cinza. Não só por hoje ser um dia nublado. Ando sensível demais, e as pessoas continuam acreditando quando eu digo que não me importo. Tenho me isolado e vivo isolando. O fato de parecer ser a mesma, não explica. Quem vê não entende. Como é que pode? Tenho todos os motivos pra ficar bem, pareço estar bem, mas há, dentro de mim, um turbilhão de emoções viradas do avesso, culpas jogadas na cara, tristezas que resolveram reaparecer, tudo sem aviso prévio, tudo de um vez só. Pode até ser que eu esteja em mais uma dessas crises existenciais, inventando tristeza, melodrama barato de carência. Mas olha.. tenho me sentido rodiada de sorrisos falsos, sentido falta de verdades e visto muitas caras intediadas. Cada vez mais sozinha, perto de tanta gente.