quarta-feira, 29 de junho de 2011

Se eu tô apaixonada?

Claro que eu estou apaixonada.
Pelo menino da minha sala, que terminou com a namorada pelo telefone durante a aula, e chorou no meu ombro. Apaixonada pelo Selton Mello, que fica realmente muito lindo sorrindo sem-graça e atuando. Pelo rapaz do banco, que me deu uma senha 50 números antes do que eu tinha pegado. Apaixonada pelo cara que eu beijei no show do Falamansa. Pelo rapaz do bar, que só conversava com os meus amigos e não me deu nenhuma ideia. Pelo amigo do meu irmão que passou o carnaval junto com a gente. O cara da novela que se declarou pra mocinha de um jeito tão bonito que eu quis ele pra mim; o Mauricio Destri. Apaixonada pela minha sala e pela minha varanda. Pelo lanche mais gostoso da cidade que, por sorte, fica a duas quadras do meu prédio. O dono da Brahma, pelos motivos claros e óbvios que não me darei o trabalho de explicitar. Também me apaixonei por Chico Buarque essa semana, por Nando Reis, por Los Hermanos, John Mayer. Pelo meu melhor amigo, que parece ser um pedaço da minha alma em outro corpo. Pelo amigo do meu amigo, que é lindo e finge muito bem que eu não existo quando dá vontade. Pelo meu vizinho do primeiro andar, que é super educado e sempre deixa o corredor perfumado, quando passa. E isso porque eu não quero mencionar o caixa da farmácia, o rapaz da padaria ou o moço do ponto de ônibus.


Me apaixono a todo segundo, todos os dias. Por mil motivos diferentes e por mil pessoas. Isso pode fazer de mim uma devassa ou provar, apenas, que eu sou uma pessoa cercada de gente apaixonante. hehe

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Unhas vermelhas.

O relógio despertou. E antes mesmo de abrir os olhos, foi passeando com sua mão pela cama, queria que ele ainda estivesse ali. Não estava. Sabia que não o encontraria. Talvez um bilhete ou um telefonema. Só pra que ela tivesse coragem de levantar da cama e enfrentasse o mundo, tendo a certeza de que ele estaria ali a noite.
Levantou, e foi direto pro chuveiro, na esperança de que a água quente tirasse de sua cabeça a noite anterior e toda a culpa por ter sido irracional, mais uma vez. Sabia que se ele aparecesse ali, agora, ela não iria ao trabalho, não atenderia o telefone, nem a campainha, ficaria na cama com ele o resto do dia.. três dias.. a semana toda.
Era totalmente vulnerável a seus pedidos, mesmo que passasse o dia treinando não's pra dizer. Sabia que era só ele pedir, ela faria. Era só ele tocar a campainha que ela o deixaria entrar. Era só ele dizer que queria ficar.
Desligou o chuveiro, puxou a toalha e foi pra frente do espelho. Se olhava, enquanto se condenava por dentro, tentava convencer a sí mesma de que estava bem. - Se ele ligar, eu não atendo. Se ele vier, eu não deixo subir. Se ele mandar flores, eu jogo fora. Repetia, mentalmente, o mantra.  
Na sala estavam as taças de vinho, largadas na pressa de irem para o quarto. No corredor, seus sapatos.
A casa ainda tinha seu perfume. A parede do quarto dela, pintada com a cor preferida dele. Unhas vermelhas, do jeito que ele gostava. Queria que ele quisesse ficar, que não quisesse ir embora. Mesmo que tenha seu coração esmagado todas as vezes que o procura na cama. Um dia, talvez, ele esteja lá de manhã. Ela espera com uma taça de vinho na mão, pra se sentir dona, nem que seja só enquanto durar a noite.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Até onde eu sei.

Tá, talvez eu exagere um pouco nas situações quando eu escrevo, mas isso, de fato, é muito importante pra mim, e dói. Dói porque toda perda dói, ser enganada dói, mentira dói.

Posso até ser repetitiva nessas inseguranças e tristezas inventadas, mas não foi desse jeito que eu aprendi. Conheço só até a parte que a gente não deve confiar em estranhos, mas e os que a gente conhece até do avesso?
Você divide sua vida com a pessoa, ajuda, protege, promete, e depois de anos, você descobre que foi atoa. Todo tempo gasto, todo empenho, em cima de uma coisa que não é, e nunca foi de verdade. Desculpa, mas eu não consigo (na verdade, não sei como alguém consegue). Frieza demais pra mim. Conseguir misturar sentimento com interesse e usar o que é importante pra uma pessoa, como uma maneira de se tornar mais popular ou amada - não sei a intenção é mesma essa, mas foi a única razão que eu encontrei.
Pior do que passar por isso é não saber o que fazer. Se ver envolvida numa coisa podre e não conseguir se desligar, não ter estomago nem pra uma conversa. É triste chegar ao ponto de achar que não é você quem vale a pena. Mas aí.. a situação é totalmente inversa, acredite!

segunda-feira, 6 de junho de 2011

6.

Não me lembrava de como é estranha a sensação de acordar com o coração vazio.